sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Um Presente de Ano Novo! Soneto de Profunda Amizade


Soneto de Profunda Amizade

Amizade,  brisa quente
Que no verão acalenta
O coração dormente
O autruísmo, ela esquenta

Amigos (as), alimento da alma
combustível do bem-estar
Verdadeiros, o peito acalma
 Únicos, fica fácil sonhar

Amizade, passo firme de esperança
Meu íntimo logo alcança
As pegadas da solidariedade

Amigos (as), segura estrada
Nela minh'alma está laçada
Meu coração tranquilo pode caminhar!

(Graziany Monteiro Gomes)


Dedico este soneto a todos os amigos (as) que num ato tão singelo apreciaram os sentimentos derramados nesta prateleira durante o ano que se finda. Este é meu sincero presente, ofereço a todos (as) o que há de melhor em mim, um doce e cálido verso infantil.
Tenham um feliz ano novo! repleto de paz e bençãos!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Poesia Cantada! Jesus Papai Noel



Jesus Papai Noel

Benito Di Paula

Quero de presente muito mais amigos
Uma estrela lá no céu
Chegou Jesus Papai Noel
Quero de presente muito mais amigos
Uma estrela lá no céu
Chegou Jesus Papai Noel
Quero a paz neste Natal refletindo a todo mundo
Amor e compreensão para vivermos melhor
E pedir ao Papai Noel de presente uma oração
Pra que seja eterno o Natal e o mundo todo irmão
Quero de presente muito mais amigos
Uma estrela lá no céu
Chegou Jesus Papai Noel
Quero de presente muito mais amigos
Uma estrela lá no céu
Chegou Jesus Papai Noel
Quero a paz neste Natal refletindo a todo mundo
Amor e compreensão para vivermos melhor
E pedir ao Papai Noel de presente uma oração
Pra que seja eterno o Natal e o mundo todo irmão
Quero de presente muito mais amigos
Uma estrela lá no céu
Chegou Jesus Papai Noel
Quero de presente muito mais amigos
Uma estrela lá no céu
Chegou Jesus Papai Noel




Esta canção sempre esteve presente na minha vida durante essa data tão especial que é o Natal. Com ela aprendi que o melhor presente é ter amigos. Hoje passo a lição adiante procurando ser um presente na vida dos meus alunos.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Kiriku e a Feiticeira: um conto de fadas africano!


Título original: (Kirikou et la Sorcière)

Lançamento: 1998 (França)

Duração: 71 min

Gênero: Animação

Sinopse

Na África Ocidental, nasce um menino minúsculo, cujo tamanho não alcança nem o joelho de um adulto, que tem um destino: enfrentar a poderosa e malvada feiticeira Karabá, que secou a fonte d'água da aldeia de Kiriku, engoliu todos os homens que foram enfrentá-la e ainda pegou todo o ouro que tinham. Para isso, Kiriku enfrenta muitos perigos e se aventura por lugares onde somente pessoas pequeninas poderiam entrar.


Para fechar com chave de ouro este ciclo de trabalho envolvendo o Dia da Consciência Negra, deixo como sugestão este lindo filme: um genuíno conto de fadas africano.

Consciência Negra: consciência brasileira


Consciência Brasileira

Eu sou NEGRO!
Sou corajoso,
Competente e talentoso!

Eu sou ÍNDIO!
Sou valente,
Guerreiro valoroso!

Eu sou BRANCO!
E não importa o desrespeito,
Não importa o que digam,
O negro e o índio
Moram no meu peito!

Negro, branco e índio
Brincam de roda
Na minha alma
Sou único, verdadeiro
Um autêntico BRASILEIRO!

Pertenço a um povo de fibra,
Que batalha a cada dia
Um reconhecimento na vida
Nação que vencerá! graças:
A competência do NEGRO,
A valentia do ÍNDIO,
Ao amor do BRANCO!

(Graziany Monteiro Gomes)




Claro, que um poema sobre tão importante conquista não poderia deixar de figurar esta prateleira de sentimentos. Foi uma exigência de meus alunos. Afinal, se acostumaram a tirar do coração e expôr no papel o quê aprenderam. Essa, talvez seja a única razão do meu trabalho. Fazer com que cada educando organize sua própria prateleira.

domingo, 20 de novembro de 2011

20 de Novembro - Dia da Consciência Negra


A Lenda do Homem-leopardo

Certo dia, numa aldeia nigeriana, o chefe ensinava as crianças uma lição de obdiência.
Ele contava que frequentemente a aldeia vizinha recebia visitas de um homem encantado, que se transformava num feroz leopardo toda vez que era seguido por algum curioso.
Numa dessas visitas o estranho homem pediu comida na aldeia. A ferocidade e tamanha rapidez com que comia denunciavam uma fome de muitos dias. Porém, desta vez, a criatura era observada por uma curiosa menina que tentava compreender o quê de mistério que acompanhava o faminto forasteiro.
Após comer, o homem parecido com uma fera, soltou um grito que mais parecia um rugido:
_ Que ninguém pense em me seguir! vociferava o estranho ser.
Surpreendida, a espectadora lembrou-se das palavras dos sábios de sua aldeia que por gerações ensinavam seu povo a não seguir o terrível homem-leopardo.
Tudo indicava que a lenda era verdadeira e estava ali diante dos olhos daquela criança. Contudo, aquele grito de ameaça não a impediria de quebrar uma das regras primordiais de seu povo. Seu único desejo era conhecer a morada da fera e entender o porquê de tanto temor. A menina seguiu o sujeito até a floresta. Ao chegar numa clareira  o estranho percebeu que estava sendo seguido, sentou-se e começou a conversar em voz alta, quase gritando:
_ O motivo de visitar a aldeia de tempos, em tempos é um só! preciso alimentar este corpo humano, que não pode viver apenas de carne crua! Agora que sabes o segredo serás alimento do leopardo selvagem que realmente sou!
Desferidas estas palavras aquele homem soltou urro violentíssimo, se atirou ao solo e perdeu totalmente sua humanidade transformando-se num leopardo faminto da floresta.
Arrependida de sua desobediência a menina foge desesperada com o alvo de sua curiosidade em seu encalço rugindo de vingança! Perdida, a jovem deparou-se com um rio de correntezas ameaçadoras, sentiu-se encurralada. Será que a natureza castigava sua curiosidade? Todavia, um desfecho mágico a aguardava.
Na outra margem,  uma árvore comoveu-se com o desespero da indefesa menina e esticou seus frondosos galhos sobre o rio criando uma ponte para que a criança atravessasse. Não entendendo o que havia ocorrido a menina corre pela ponte salvadora, mas tropeça e cai, tempo suficiente para aproximação de seu algoz.
_Vamos minha menina! levante! que retirarei meus galhos assim que cruzares o rio! gritou a boa árvore.
Mas que depressa a menina ergeu-se e no último folêgo atravessa a ponte que se desfaz atrás de seus pezinhos. Em segurança na outra margem aquela criança promete a sí mesma nunca mais desobedecer os mais velhos de sua aldeia. E hoje em dia sua aventura é contada toda vez que um misterioso estranho pede comida nas aldeias da Nigéria.


(Conto Popular Nigeriano - Adapt. Graziany Monteiro Gomes e 3º ano "B"- EMEF " Joana Maria da Silva)





Eu e minha turminha decidimos nos aventurar, desta vez, por outra modalidade: o conto. Realmente foi gratificante tê-los como ajudantes fiéis na adaptação deste conto africano que nos ensina uma valiosa lição de obdiência. De fato, as crianças são muito receptivas a qualquer gênero textual. Para nós tudo é motivo para escrever! e a Semana da Consciência Negra foi um momento de reflexão, valorização e muita escrita!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

12 de Outubro - Dia das Crianças


Dia da Criançada!

Dia tão aguardado!
Igual a doce que na boca derrete
Ansioso fico! Meu coração joga confete!

Dia tão especial!
Orgulhosa! A escola prepara
Zás! A criança sonha!
E pronto surge o que sonhara

De pipoca, bala, pirulito
E algodão-doce o dia é feito!

Ontem, hoje e sempre:
Um dia deste mês é perfeito
Também tem as brincadeiras
Uma após outra! Pego o jeito
Brinco na dança das cadeiras!
Riso farto, frouxa a gargalhada
Ontem, hoje e sempre: É dia da criançada!

(Graziany Monteiro Gomes)

Está chegando um  dia muito especial no ano! É hora de mostrar para criançada como é doce brincar com as palavras!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Valorizar a escrita: o caminho para leitura!


Caminho para leitura

Criancinha, teima, escreve:
E alegre comemora!
Se comeu alguma letra,
Sinceramente não importa!

Se escreveu...
Um nome de bicho:
Que começa com "E",
E sem querer faltou o "N"
Sendo ele forte e deselegante,
Não deixou de ser gigante!
Ele é o: elefante!

Se escreveu...
Um nome de comida:
Começada com "T",
Sendo doce ou salgada,
Se somente um "R" falta,
Ela não deixou de ser amada!
Ela é a: torta!

Se escreveu...
Um nome de  sonho:
Que começa com "L",
E com "R" termina
Se sumiu de novo o "R"
No "E" um chapéu ganho!
A leitura ela domina!
A criança: lê!

Criancinha, teima, escreve:
E alegre comemora!
Se comeu alguma letra,
Sinceramente não importa!

(Graziany Monteiro Gomes)





Valorizar a escrita espontânea é fundamental para que possamos avaliar somente o que realmente o aluno dispõe de conhecimento sobre o processo de leitura e escrita. É nosso dever como alfabetizadores incentivar a prática do registro entre os educandos, o fato de faltarem algumas letras não é motivo para crítica e sim credenciamento para o mundo da escrita. Lembre-se: uma criança que escreve é capaz de materializar seus sonhos em cada linha.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

7 de Setembro! Ensina-me e te surpreenderei!


Independência

Quero meu País liberto!
De tudo aquilo
Que faz Criança chorar!
Quero meu País tranquilo
Ligeiramente suave, oportuno
Onde as gargalhadas de meus alunos
Venham despreocupadas gracejar!

Quero meu País liberto!
Daquele jeito descontente
De dizer que menino não aprende
Quero meu País contagiante!
Igual brincadeira de pique
Não importa se congelado fique
E o jogo deixe de ser empolgante

Desejo o meu País liberto!
Tal audácia de moleque
Que pôs o mestre em xeque
Com essa história de aprender
Quero um País que lê e escreve!
Ensinar como se deve!
Meus anseios corresponder...

(Graziany Monteiro Gomes)




Independentes,  assim são os nossos alunos! Basta que deixemos que cada um deles solte o seu especial brado e principalmente que possamos ouví-los e aprender com eles, a fim de que a intervenção no processo de aprendizagem seja sempre benéfica.

domingo, 21 de agosto de 2011

Em Homenagem a Vinícius: As Borboletas!


As Borboletas

Vermelhas
Roxas
Verdes
Rosas
E coloridas

Borboletas vermelhas
São cheias de belezas.

As roxinhas são tão
Bonitinhas.

As verdes alegram os
Jardins

As rosas são lindas e
Cheirosas

E as coloridas então
Alegram o meu coração!

(Aluna, 8 anos - 3º ano)



As Borboletas 

Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas

Borboletas brancas
São alegres e francas.

Borboletas azuis
Gostam muito de luz.

As amarelinhas
São tão bonitinhas!

E as pretas, então...
Oh, que escuridão!

(Vinícius de Moraes)




Sinceramente meu peito se encheu de alegria quando minha aluna apresentou-me este textinho. De fato ela gostou muito do poema "As Borboletas", do genial Vinícius de Moraes e na sua delicadeza infantil recriou a obra do grande mestre. Não tenho palavras para descrever a emoção de perceber que o meu trabalho atinge o objetivo proposto. O que realmente quero e desejo é que as crianças utilizem  a leitura e a escrita para expressarem suas vontades, seus sonhos. Lembro que a admiração é o primeiro passo para a originalidade!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Poesia Coletiva! o prazer de construir com versos!



 E o 3º B tem medo de quê?

Essa criançada
Tem uma tremedeira engraçada!
Tem medo de bicho!
Jacaré;
Tubarão;
Baleia;
Cobra;
Leão, onça, rato
E até barata!
Só faltou a amiga gata...
É falar em mistério
Todos tem medo de cemitério
Eles fazem careta
Só de ver a borboleta!
E quando pinta a violência
O medo é da ocorrência!

(Grazy e 3º ano B)



Trabalhar em sala de aula o texto: "Quem tem medo de quê", de Ruth Rocha, possibilitou aos meus alunos construírem coletivamente o poema acima. E como é gostoso vê-los edificar com versos o gosto pela escrita.

sábado, 23 de julho de 2011

Volta das Férias! Hora de escrever!!!


Volta às aulas

Enfim, já voltei
Para terminar
O que comecei
Jamais vou desanimar!

Aprendi a ler este ano!
Tudo agora é livro aberto
Este não foi o único ganho
Escrever tirou-me do deserto!

A cada letra que traço
A vida ganha novo colorido!
Nossa! faz sentido!
Ler já não é mais embaraço!

Agora que retornei
Quero estudar sem descanso
Para ver se alcanço
Os colegas que deixei!

Enfim, já voltei
Para terminar
O que comecei
Jamais vou desanimar!

(Graziany Monteiro Gomes)


Férias: uma ótima chance de trabalhar a produção de texto em sala de aula:

 Tema: Minhas férias serão...minhas férias foram...


Texto 1

Minhas férias foram...
"Eu brinquei muito, e fui para casa de um montão de primas. Comi a comida que eu gosto, subi nas árvores, andei de patins e muito mais. Mas as férias acabaram e chegaram as aulas e vou fazer muito dever!"
Aluna, 9 anos - 3º ano







Texto2

Minhas férias serão...
"Demais! Vou para Ibiraçu na casa de meus avós, vou brincar, dormir e ter uma festa de aniversário!"
Aluna, 9 anos - 3º ano





Texto3

Minhas férias foram...
"Muito legais! Eu fui para casa da minha avó e brinquei com as minhas amigas. Dormi, acordei tarde e assisti filmes. E o melhor joquei no  X-BOX do meu tio e também pulei corda!"
Aluna, 9 anos - 3º ano







Texto 4 

Minhas férias foram...
"Muito boas! Eu fui para Nova Almeida. Tomei banho na praia e me diverti muito. Fui na Igreja e tirei muitas fotos. Mexi no computador e entrei no ORKUT. Assim foram minhas férias!"
Aluna, 9 anos - 3º ano





 Texto 5 

Minhas férias foram...
 "Legais! Fui brincar na casa do meu colega. Soltei pipa na minha casa, joguei D.Dtank e Castlevania no computador."
Aluno, 9 anos - 3º ano






 
  Texto 6 

Minhas férias serão...
 "Vou fazer um gol no futebol de rua. Vou na festa julhina e também ver meu pai fazer um gol no campo. Vou comprar uma mochila nova e virar um mortal de costas no pula-pula!"
Aluno, 8 anos - 3º ano








Férias! o importante é que as crianças escrevam e me contem suas aventuras, seus sonhos e expectativas...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Trovas da Meninice





Jorge Amado já disse: Não pode haver criação literária mais popular e que mais fale diretamente ao coração do povo do que a trova. É através dela que o povo toma contato com a poesia e por isto mesmo a trova e o trovador são imortais.
O Dia do Trovador é comemorado nessa data por ser o dia do nascimento de Gilson de Castro (RJ), cujo pseudônimo literário é Luiz Otávio.
É um micro poema, o menor da língua portuguesa, que deve obedecer a características rígidas?. É preciso que a trova seja uma quadra, ou seja, tenha quatro versos (em poesia cada linha é denominada verso). E cada verso deve ter sete sílabas poética. As sílabas são contadas pelo som.

Fonte: http://www.smartkids.com.br/datas-comemorativas/18-julho-dia-do-trovador.html

Trovas da meninice

Quando engato um sorriso
Meu menino está lendo
Será mesmo isso?
E o livro vai comendo

Ler não é segredo
É só desvendar cada linha
Sem nenhum medo
Leio esta trovinha

E quando engato um trecho
Meu menino já escreve
Uma trovinha como se deve
Com começo e desfecho!

(Graziany Monteiro Gomes)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Castelo Branco


Castelo Branco

Ao abrir as portas do Castelo
Encontro sorrisos aos milhares
São as crianças!
Que fortalecem o elo,
Trazendo novos ares.

Branco, o Castelo
Somente é no nome!
São as crianças!
Que pintam tudo florido
Enchendo as paredes de colorido!

Deste Castelo, uma das Torres
A escola consolida
São as crianças!
Que elegem especiais cores
Para sua escola tão querida!

Na outra Torre mora
Um futuro de esperança!
São as crianças!
Que pintam o Castelo
Com a cor da confiança!

(Graziany Monteiro Gomes)



Ao propor aos meus alunos que desenvolvessem um texto sobre o bairro em que moram, não me contive! Este poema representa a minha visão do bairro Castelo Branco em Cariacica/ES.

domingo, 12 de junho de 2011

A Poesia que existe na Eterna Lenda!


MESTRE ÁLVARO E MOXUARA

Lenda Mestre Álvaro e Moxuara
Serra e Cariacica Apresentam uma história rara
É a fábula dos Rochedos ­Mestre Álvaro e Moxuara
Uma lenda de um casal­
Que se apaixonara
Filhos de índios,Tribos inimigas.
Grandes lutadores
Bons de brigas
Para o Casal
Essas brigas não tinham valor
O que importava mesmo
Era o sentimento, o amor
As notícias desse amor logo se espalharam
Os caciques das duas tribos.
Então se revoltaram
O pai da Índia com o romance acabou
Mas o casal logo reatou
O pajé descobriu e tomou uma decisão
Transformá-los em pedras
Seria a solução,
Mas depois com pena deles ficou
Pra amenizar a maldição
Pediu a alguns pássaros
Que lhes dessem um encontro nas noites de São João.

(Brenda Maria soares)




A LENDA DO MOXUARA

Das duas pedras irmãs
Nasceu a eterna lenda
Dos indígenas apaixonados
A história até hoje se conta!

Compadeceu-se deles
O Deus Tupã
Aquele amor proibido
Em rocha se tornou!

Os dois enamorados
Pela eternidade
Frente a frente  ficaram

Para reascender
A chama eterna do coração
Um lindo pássaro de fogo
Passeia em noite de São João!

(Graziany Monteiro Gomes)




Um agradecimento todo especial a colega pelo lindo poema! é fantástico saber que outras pessoas se interessam pela história da minha terra.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A Lenda do Pássaro de Fogo! Uma bela história de amor!


Em tempos bem antigos, por volta de 1556, quando os Temiminós que vieram do Rio de Janeiro se instalaram no Espírito Santo, conta-se que dois jovens de tribos rivais se conheceram e antes que soubessem de suas origens e da rivalidade que existia em suas tribos, nasceu entre eles um amor tão forte e belo como o Sol.

Ela, Jaciara, uma lindíssima princesa indígena, filha do poderoso cacique que ocupava uma imensa terra, onde hoje encontramos o atual município de Cariacica.
Ele, Guaraci, um forte guerreiro da tribo dos Temiminós, que ocupava as terras hoje conhecida como município da Serra.

Quando esse amor chegou ao conhecimento das tribos, aumentou a rivalidade e a fúria dos caciques contra esse amor, que era incontrolável. O cacique indígena, pai da princesa, jamais aceitaria o enlace da sua querida filha, com o inimigo de seu povo, mesmo sabendo quanto era valioso o dote do noivo e da sinceridade da jura de seu amor.

Em conseqüência criou-se uma barreira intransponível entre as terras das duas tribos e os jovens não podiam de maneira alguma chegar próximo dessa divisa.

Mas o amor, quando sincero e forte, é algo que ultrapassa qualquer barreira e sempre encontra um aliado. Foi o que aconteceu. Os apaixonados conseguiram a ajuda de uma ave misteriosa, o Pássaro de Fogo, que em horas determinadas, levava o casal a pequenos montes em pontos de fronteira de suas tribos, onde ambos se viam. Então a índia cantava juras de amor ao seu escolhido e ele retribuía da mesma maneira com cantigas que tocavam seus corações.

Continuaram assim, nesse amor poético e passando o tempo, combinaram uma fuga. Quando chegou ao conhecimento do cacique indígena a fuga romântica de sua filha foi o bastante para reunirem todos os sábios conselheiros da tribo e um feiticeiro, que transformou os apaixonados em pedra nos referidos locais onde se avistavam. Estes se elevaram e constituíram dois belos e lendários montes, muito importantes no litoral capixaba, que conhecemos como: MOCHUARA, (ou MUXUARA) a princesa, em Cariacica, e o MESTRE ÁLVARO, o príncipe, na Serra.

Porém, uma fada compadecida de um destino tão cruel, concedeu uma trégua aos enamorados, na rigidez de suas posições e assim uma vez ao ano, na noite de São João, os jovens recuperam de forma invisível, sua forma humana e primitiva, ocasião em que fazem juras de fidelidade e presenteiam-se com ricas jóias e outros mimos, sempre com a ajuda da ave amiga, o Pássaro de fogo, ave mensageira entre os apaixonados. Levando de um para o outro as juras de amor e os presentes, que atestam a sinceridade infinita.

Assim, conta a história, conta a Lenda, que na noite de São João, o Pássaro de Fogo, passa no céu, e vai do MOXUARA, em Cariacica, ao MESTRE ÁLVARO, na Serra e vice versa. E continuam a VIAGEM DO FOGO, descrevendo no espaço, a ETERNIDADE DO AMOR.





Donwload da lenda em Power Point: Clique aqui

Monte Mochuara

Com 724m de altitude, esta é a segunda maior montanha da região da Grande Vitória. A caminhada é feita dentro da mata com alguns trechos em rampas de pedra.

Na língua dos índios que habitavam o local, o nome quer dizer pedra irmã, mas para os franceses que chegaram à baia de Vitória, e o avistou com uma neblina que o encobria, fizeram-se lembrar de um imenso pano branco, daí a expressão mouchoir, que quer dizer lenço e se pronuncia “muchuá”.


 O Mestre Álvaro

O Mestre Álvaro é considerado uma das maiores elevações litorâneas da costa brasileira e abriga uma das últimas áreas de Mata Atlântica de altitude do Espírito Santo. É uma formação rochosa de origem vulcânica com cerca de 833 metros de altitude.

Tem-se uma vista panorâmica de toda a Região Metropolitana de Vitória e região de montanhas, e de lá avista-se os municipios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Santa Leopoldina, Fundão, Viana, e parte de Domingos Martins, além de uma bela vista do oceano Atlântico.

O Mestre Álvaro é um maciço granítico que, devido à sua altura e posição, tem servido à navegação marítima há séculos. Ele é citado em documentos cartográficos do século XVI. Possui um bosque rico em fauna e flora nativas e algumas cavernas.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Em Junho, minha terra natal faz aniversário! Parabéns! Cariacica! Tu enfeitas o Estado do Espírito Santo!

Igreja de São João Batista. Fica na praça central da sede do município.
Sua construção foi iniciada em 1839 e concluída em 1851.



ORIGEM HISTÓRICA
        
Carijacica (chegada do homem branco) foi o primeiro nome do Município. Com o tempo a linguagem popular abreviou o nome para Cariacica. Os jesuítas fundaram as primeiras povoações. Em 1890 desmembrou-se definitivamente de Vitória, tornando-se Município. O Morro Moxuara, pedra de granito com 724 metros de altura, é o seu principal ponto turístico, cultural, paisagístico e ambiental.
Antes da colonização a atual área do Município de Cariacica era habitada pelos Índios Tupiniquins. Alguns colocam também as tribos inimigas, Goitacazes e Aimorés. Os Goitacazes contudo viviam mais ao sul, próximo as divisas entre Espírito Santo e Rio de Janeiro. Os Aimorés já se localizavam na região do rio Doce, atuais cidades de Colatina e Baixo Guandu, próximo a atual cidade de Aimorés, em Minas Gerais.
O certo é que índios, negros e brancos foram à base da formação racial do Município.
Segundo pesquisadores Carijacica era o nome  de um rio descoberto pelos indígenas que descia do Monte Moxuara.
Os primeiros colonizadores, imigrantes, na maioria pomeranos, surgiram em Cariacica durante o período de 1829 a 1833. O povoamento se intensificou a partir de 1865, pela formação de colônias alemãs, vindas de Santa Leopoldina e Santa Isabel. Em 1837 chega a Cariacica um grupo de portugueses que se estabelece no interior. À medida que o homem branco ocupa as terras, os índios, primeiros habitantes do Município, vão desaparecendo e seu último reduto até o desaparecimento por completo ficava em Itanhenga.
Porto de Cariacica passou a ser o primitivo centro comercial, sendo o elo de ligação entre a região costeira e o interior. Localizado no Planalto a 36 metros do nível do mar, Porto de Cariacica e Bubu foram ocupados por espaçosos engenhos e fazendas para criação de gado. O Planalto passou a chamar-se água fria, devido a um córrego ali existente.
Em 18 de dezembro de 1837, foi criado o distrito de Cariacica, que a Igreja Católica denominou de Freguesia de São João batista de Cariacica.
No dia 30 de dezembro de 1890, Cariacica desmembrou-se definitivamente do Município de Vitória, tornando-se um Município. Em 1971, através de um decreto administrativo, a data de comemoração do dia da cidade, passou a ser 24 de junho, o mesmo dia em que se comemora o dia de São João Batista, padroeiro do Município.
 

ÁREA E POPULAÇÃO DE CARIACICA


Segundo o IBGE a área de Cariacica é de 285 Km2. O Distrito Sede está situado a uma latitude de 20º, 26´ e 389´´ e a uma longitude de 40º, 42´
       A população de Cariacica conforme o Censo de 2000 é de 323. 807 habitantes, sendo 159.083 homens e 164. 724 mulheres.
Na área urbana residem um total de 312. 542 habitantes e na área rural, 11. 265 habitantes.
 
CURIOSIDADES

       Em 1894 foram construídas caixas apropriadas para serem instalados lampiões de querosene para a iluminação pública da sede do Município. A luz elétrica, só foi implantada em 1914.
       Em 1927 o transporte de passageiros, que era feito em caminhões, foi substituído por ônibus abertos chamados de “Jardineiras”.
       O primeiro jornal de Cariacica foi lançado em 1911, quando a Prefeitura comprou uma tipografia. O nome era “Novo Horizonte”.
 
ARTESANATO

       As peças de cerâmica e panelas de barro são os principais produtos do artesanato do Município, devido à boa qualidade do barro local.

CARNAVAL DE CONGO
 
       No dia da festa de Nossa Senhora da Penha, no mês de abril de cada ano é realizado na localidade de Roda d´água, o Carnaval de Congo com os mascarados que cantam e dançam animados pelas Bandas de Congo, do Conselho das Bandas de Congo de Cariacica.
      
As Bandas de Congo do Município são:
       São Benedito de Piranema;
       São Benedito de Boa Vista;
       Unidos de Boa Vista;
       Santa Isabel de Roda d´água;
       São Sebastião de Taquaruçú.
 

PREFEITOS E DATAS

1890 Álvaro Coutinho Alvarenga Nomeado-renunciou antes de cumprir o mandato provisório
  • 1890 Major Inácio de Almeida Nomeado a partir de 30 de Dezembro de 1890 pelo governador Henrique da Silva Coutinho.
  • 1892 a 1896 Antônio Manuel Lopes Loureiro
    • Primeiro prefeito eleito pelo voto democrático substituído muitas vezes pelo seu vice.
  • 1896 a 1900 Emídio de Siqueira Pinto
  • 1900 a 1902 Olímpio de Oliveira Trancoso
  • 1902 a 1904 Antônio Manuel L. Loureiro
  • 1904 a 1910 Francisco C. Schwab Filho
  • 1910 a 1912 Inácio Francisco Cravo
  • 1912 a 1914 Antônio Pinto Duarte
  • 1914 Francisco Carlos D'Oliveira
  • Governo de transição. Permanece até as eleições. Seu Vice Francisco C. D’Oliveira, assumiu muitas vezes.
  • Maio/14 Francisco C. Schwab Filho
  • Maio/16 Carolino Rodrigues P. Firme eleito governador-presidente do município
  • 1918 a 1920 Antônio Pinto Duarte
  • 1920 a 1922 José Firme
  • 1922 a 1924 Antônio Pinto Duarte
  • 1924 a 1928 Walfredo Ferreira Paiva
  • 1930 Adalberto Barbosa
    • Permaneceu até a Revolução de 1930
  • 1930 a 1931 Junta Governativa, constituída pela Revolução.
    • Em 1931 a Junta foi desfeita por Manuel Monteiro de Moraes
  • 1931 a 1936 Genésio Cardoso Hilário, SegismundoSonegheti, Olimpio Moreira da Cunha
  • 1936 a 1942 Roberto Couto
  • 1942 a 1946 Álvaro Gimenes Nomeado pelo governador do Estado
  • 1947 a 1951 Joaquim José Vieira
  • 1951 a 1955 Licério Francisco Duarte
    • Eleito pelo voto popular, filho de Antônio P. Duarte.
  • 1955 a 1956 Jocarly Gomes Sales
  • 1956 a 1963 Eduartino Silva
  • 1963 a 1969 Jocarly Gomes Salles
  • 1969 a 1970 Vicente Santório Fantini
  • 1970 a 1972 Aldo Alves Prudêncio
  • 1973 a 1978 Vicente Santório Fantini
  • 1978 a 1980 Aldo Alves Prudêncio
    • Governou até dezembro/80, quando foi assassinado.
  • 1980 a 1981 Joel Lopes Rogério
    • Presidente da Câmara substituiu Aldo Alves Prudêncio. Morre com disparos de sua arma de fogo, em 9 de Dezembro de 1981.
  • 1981 a 1983 Wagner de Almeida
    • Outro presidente da Câmara que assume a Prefeitura.
  • 1983 a 1984 Vicente Santório Fantini
    • Em 10/84 se afasta devido a um derrame cerebral.
  • 1984 a 1986 Nelço Secchin Vice-Prefeito
    • Assume em out/84. Em fev/86, é afastado sob a acusação de corrupção.
  • 1986 a 1987 Claudionor Antunes Pinto
    • Permanece de 12 de Fevereiro de 1986 a 04/87, como interventor.
  • 1987 a 1989 Milton da Rocha Melo
    • Presidente da Câmara que assume em abril/87 a janeiro/89, em lugar do interventor.
  • 1989 Vasco Alves de O. Júnior
    • Governou de 1 de janeiro de 1989 a 18 de maio de 1989. Afastado por acusação de irregularidades administrativas.
  • 1989 Augusto César Meloti Melo
    • Vice assume o lugar de Vasco
  • 1989 Vasco Alves de O. Júnior
    • Governou durante 14 dias. Afastado após anulação de uma Liminar
  • 1989 Augusto César Meloti Melo
    • Governou durante os meses de setembro e outubro.
  • 1989 a 1992 Vasco Alves de O. Júnior
    • Retorna à Prefeitura por decisão do Conselho Superior da Magistratura do Espírito Santo. Reassume em 3 de Outubro de 1989 até 04/92
  • 1951 a 1955 Augusto César Meloti Melo Governou de 04 à 12/92
  • 1993 a 1996 Aloízio Santos
    • Eleito e empossado sob a égide da Lei Orgânica do Município de Cariacica
  • 1997 a 2000 Dejair Camata
    • Morreu em acidente automobilístico em 26 de março de 2000
  • 2000 Jesus dos Passos Vaz
    • Assumiu no dia 26/03, um domingo. No dia 1° de novembro foi afastado pela Câmara de Vereadores
  • 2000 Joscelino Miguel da Silva.
    • Assumiu na manhã do dia 2 de novembro
  • 2001 Aloísio Santos(Morreu em 2007)
    • Assumiu o cargo no primeiro minuto, numa iniciativa inédita, tendo sido o primeiro prefeito do País a assumir o Governo de madrugada. A solenidade na Câmara foi bastante concorrida pelos políticos, população e imprensa, pela novidade. Morreu de cãncer de prostata em 2007.
  • 2004 Helder Salomão
    • Cadidato do PT, se elegeu com 72,46% dos votos, contra 27,54% do candidato a reeleição Aloízio Santos.

 Símbolos de Cariacica


Bandeira


 Brasão





 Monte Moxuara





(Fonte Secretaria Municipal de Cultura; Livro histórico sobre Cariacica de Josefa Telles de Oliveira e Folheto editado em 2001 pela Câmara Municipal de Cariacica sobre o Concurso para a escolha do Hino Oficial do Município.) 






Nas próximas postagens mais da rica história de minha terra natal!