quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Minha Primeira vez


Minha primeira vez

Não me lembro…
Quando li pela primeira vez
Não me lembro…
Quando pela primeira vez escrevi.

Porém, de algumas coisas…
Ah! Eu nunca esqueci!

A tia Selma ensinava
Cada letra com esforço e dedicação
Desenhar cada letrinha, eu adorava
Dos números não gostava, muito não.

Eu crescia rapidamente
Feito árvore frondosa
A cada leitura, simplesmente
Uma fruta saborosa

Um pouquinho maior
A poesia de Cecília sei de cor
Naquele cavalinho submerso
Arremessei minha vida no caderno.

Quando era rapazinho
Devorava aventuras policiais
Torcendo sempre pelo mocinho
Eu lia cada vez mais!

Já um homem, sempre aprendiz
Fui apresentado a Machado de Assis
O livro mais grosso ficava
Mas eu nunca torci o nariz!

E foi lá na faculdade
Que comecei a ler de verdade
Com cada assunto interessante
Uma leitura fascinante.

Hoje sou professor!
Graças a Deus um bom leitor
Como a Tia Selma ensino com dedicação
A poesia é a fonte de inspiração!

(Graziany Monteiro Gomes)

Este poema foi dedicado a formação de professores alfabetizadores da SEME/PMC. Agradeço pela oportunidade de ser lido...agradeço pela motivação...enfim, agradeço pelo tema, afinal foi graças a inquietação causada que estes versos nasceram. Aquele que escreve necessita ser lido, é a necessidade imposta pela poesia, ela nasce e unicamente vive para ser lida, sentida. Mas não é o poeta que lhe dá vida, e sim cada leitor que a revive em cada leitura.